Catarata
Considerada uma das principais vilãs da visão, atualmente, a catarata é responsável por cerca de 47,8% dos casos de cegueira do mundo, de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Atingindo igualmente homens e mulheres, mas se desenvolvendo principalmente entre a população idosa, a catarata foi e continua sendo uma grave ameaça à qualidade de nossa visão.
Mas afinal, você sabe o que é catarata?
De modo bem resumido, podemos dizer que catarata é o nome que se dá a qualquer perda da transparência do cristalino, seja ela congênita ou adquirida, podendo, ou não, causar prejuízos a sua visão.
Se você não conseguiu entender, não tem problema: vamos por partes!
Em primeiro lugar, precisamos falar de uma lente existente em nossos olhos, conhecida como cristalino.
Essa lente tem a importante função de regular o foco das imagens formadas em nossa retina, como uma verdadeira câmera fotográfica, de modo que possamos ver o meio a nossa volta de maneira nítida e clara.
Sendo assim, qualquer alteração na constituição do cristalino poderá afetar diretamente a nossa capacidade de enxergar!
E é exatamente isso o que a catarata causa em nossos olhos:
À medida que envelhecemos, essa lente vai deixando de ser transparente e, aos poucos, vai se tornando opaca. Quanto mais opaco o nosso cristalinho se tornar, mais embaçada será a nossa visão. Levando essa situação ao extremo, temos os casos de perda da visão (cegueira) causados pela catarata.
Conforme mencionado acima, com o tempo o cristalino vai se tornando mais opaco, isto é, menos transparente, dificultando o processo de formação das imagens em nossa retina.
Quais as causas e os fatores de risco para a catarata?
A catarata, de maneira geral, desenvolve-se de maneira bastante lenta, levando vários anos até que seja diagnosticada.
Além da catarata desenvolvida pelo processo natural de envelhecimento e da possibilidade de se possuir uma catarata congênita em decorrência de uma má formação do feto, muitos outros fatores secundários podem desenvolver este quadro, tais como:
- Tabagismo;
- Alcoolismo;
- Diabetes;
- Exposição excessiva ao sol;
- Uso excessivo de remédios sem prescrição médica, especialmente colírios que possuam corticóide;
- Obesidade, entre outros.
Quais são os sintomas da catarata?
Normalmente, em seus estágios iniciais, a catarata não costuma apresentar sintomas, sendo muito comum que os pacientes busquem auxílio médico quando a visão já tenha sido prejudicada de algum modo.
Alguns sintomas, tais como visão embaçada, perda da visão noturna e sensibilidade à luz podem se manifestar de maneira muito sutil nos estágios iniciais.
Ao lado, é possível visualizar a qualidade da imagem formada, sem catarata (imagem acima) e com catarata (imagem ao lado).
Vale lembrar que os sintomas podem surgir juntos ou isoladamente, devendo, em toda ocasião, ser analisados por um médico oftalmologista, de modo a evitar diagnósticos equivocados e estabelecer o melhor tratamento para o seu caso específico.
O principal sintoma da catarata é a perda gradual da visão, mas é muito comum a manifestação de outros sintomas, tais como:
- Visão embaçada;
- Sensibilidade à luz;
- Dificuldade para enxergar à noite;
- Necessidade de mais luz para ler, andar e dirigir;
- Perda de brilho na visão, entre outros.
E como funciona o diagnóstico da catarata?
Geralmente, o diagnóstico do quadro de catarata ocorre na clínica médica, durante as consultas de rotina junto ao médico oftalmologista. É por meio do exame da estrutura interna do globo ocular, incluindo a acuidade visual, as condições da íris e da córnea, juntamente com outros fatores, que será possível analisar a possível existência de um quadro de catarata.
É possível prevenir o surgimento da catarata?
Depende.
Não é possível evitar uma possível predisposição genética que um determinado paciente possa vir a apresentar em relação ao desenvolvimento da catarata. Além disso, não é possível evitar o processo de perda da transparência do cristalino causado pelo envelhecimento.
Mas isso não quer dizer que não haja nenhuma medida que possa ser tomada a fim de evitar seu desenvolvimento, principalmente nos casos em que ela se encontra diretamente relacionada a fatores de risco. Para tanto, seguem algumas medidas que ajudam a evitar o seu surgimento:
- Realizar exames oftalmológicos regularmente;
- Evitar fumar;
- Reduzir o consumo de álcool;
- Usar óculos de sol com proteção UV;
- Manter uma dieta saudável;
Evitar automedicar-se com colírios ou outros medicamentos à base de corticóides, entre outros.
Existe cura para a catarata?
Sim, existe uma cura para a catarata: a cirurgia.
Graças aos inúmeros avanços realizados na área médica, hoje é possível realizar procedimentos cirúrgicos de forma cada vez mais rápida e segura.
E no que consiste essa cirurgia?
Basicamente, a cirurgia de catarata consiste na substituição do cristalino danificado por uma lente intraocular, que garante o retorno da visão do paciente para níveis de alta qualidade.
Deste modo, a depender do quadro do paciente e da lente utilizada no procedimento cirúrgico, é plenamente possível que tal procedimento venha a corrigir não somente a perda
de visão causada pela catarata, mas também problemas de natureza refrativa, como o astigmatismo, a hipermetropia, a presbiopia e a miopia, por exemplo.
Atualmente, não se costuma esperar que o paciente venha a apresentar um quadro avançado de catarata para se realizar a cirurgia. A partir do diagnóstico dos primeiros sintomas, é plenamente possível realizar tal procedimento com a finalidade de se evitar um avanço demasiado da doença que poderá vir a causar sequelas permanentes.
De todo modo, cabe ressaltar o seguinte:
A decisão de realizar ou não a cirurgia é uma decisão conjunta do paciente com o oftalmologista. Afinal, o próprio paciente conhece, melhor do que ninguém, a qualidade de sua visão e como ela afeta o seu desempenho nos afazeres do dia-a-dia.
Tipos de catarata
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a catarata, que tal vermos rapidamente os principais tipos de catarata existentes?
Conforme pudemos explicar um pouco acima, a catarata é um quadro de desgaste do cristalino que pode ser causado por diversos fatores. Entre eles, podemos traçar duas possíveis situações:
a) de um lado, temos a catarata congênita, presente desde o nascimento do bebê ou, podendo, até mesmo, vir a manifestar-se nos seis primeiros meses de vida; e
b) de outro, temos a catarata adquirida ao longo dos anos. Este tipo de catarata pode estar ligado a diversos fatores, tais como o envelhecimento do paciente, diabetes, tabagismo, alcoolismo, entre outros fatores de risco já abordados por aqui.
Vamos ver os sete principais tipos de catarata que costumam aparecer durante os exames clínicos:
1) Catarata incipiente
Trata-se de um quadro no qual é detectado um determinado nível de turvação do cristalino, mas de um modo que a visão ainda não foi prejudicada e continua a funcionar normalmente.
Neste caso, cabe ao oftalmologista manter um acompanhamento constante do paciente de modo a tomar a decisão que seja necessária para garantir a qualidade de sua visão.
2) Catarata senil
Ocasionada pelo envelhecimento do paciente, costuma se manifestar em pessoas a partir dos 65 anos de idade, fazendo parte de um quadro de evolução relativamente lenta. Em casos em que a catarata passa a prejudicar a visão recomenda-se, geralmente, a realização de um procedimento cirúrgico.
3) Catarata subcapsular
Temos dois tipos de catarata subcapsular: a) Catarata subcapsular posterior
Localizada na parte da frente da cápsula posterior, é comum estar relacionada com o uso excessivo de medicamentos à base de corticóides.
b) Catarata subcapsular anterior
Localizada na parte de trás da cápsula anterior, encontra-se relacionada com longos períodos de exposição a altas temperaturas.
Para o tratamento de ambos os casos de catarata subcapsular, recomenda-se a realização de procedimento cirúrgico.
4) Catarata nuclear
Trata-se de um tipo de catarata em que a perda da transparência do cristalino se dá em seus respectivos núcleos, sendo muito comum entre a população idosa, geralmente causando um quadro de miopia.
5) Catarata cortical
Caracterizada pela perda da transparência do córtex lenticular, é normalmente associada com pacientes que apresentam quadro de diabetes, sendo tratada com procedimento muito similar ao realizado em pacientes que manifestam catarata senil.
6) Catarata traumática
Por sua vez, a catarata traumática costuma se manifestar em pacientes que sofreram alguma espécie de traumatismo, podendo evoluir de maneira bem veloz a depender do tipo de lesão sofrida.
7) Catarata congênita
Por fim, a catarata congênita, também conhecida como catarata infantil, pode vir a manifestar- se desde o nascimento do bebê ou em seus seis primeiros meses de vida, estando geralmente associada a infecções ocorridas durante os 3 primeiros meses de gestação, como a rubéola, por exemplo.
Recomenda-se, para este caso, o procedimento cirúrgico, o qual deve ser realizado o mais rápido possível, resguardando-se o bebê de futuras sequelas em sua visão.
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